segunda-feira, 6 de junho de 2011

Especialista afirma que novo Código Florestal é "Pior que o de 1934"



A aprovação do Novo Código Florestal pela Câmara foi uma vitória dos ruralistas sobre os ambientalistas. Mas o tamanho da conquista de um sobre o outro ainda está em disputa. Para o advogado Raul Silva Telles do Valle, especialista na área e ligado às lideranças verdes, a emenda 164 - proposta pelo PMDB e aprovada na noite de terça para quarta-feira pelo placar de 273 a 182 votos - vai modificar a legislação de tal forma que as florestas estarão menos protegidas do que em 1934, quando foi aprovado o primeiro Código Florestal brasileiro.
Segundo Telles, o texto final é muito pior do que aquele que havia sido acordado com o governo. "É uma lei cheia de regras ambíguas. O texto diz uma coisa, mas nas entrelinhas diz outra".
Relator do texto aprovado por 410 votos contra 63, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) rebate a acusação de que o código anistia crimes ambientais e facilita o desmatamento. Rebelo afirma que o lobby ambientalista não admite perder o monopólio de legislar sobre o assunto e nega que a emenda 164 modifique a essência do relatório.
O deputado lembra que a anistia está em vigor desde o decreto assinado pelo ex-presidente Lula e que a lei estabelece condicionalidades à suspensão da multa. "Se ele não atender à legislação, as multas com os respectivos prazos passam a correr normalmente", afirma. Rebelo também contesta a interpretação de que os Estados terão mais poder sobre a fiscalização ambiental. "É a Constituição que define atribuições".

Fonte: Daniela e ZANATTA, Mauro. Especialista afirma que o novo Código é “pior que o de 1934”. Valor Econômico. São Paulo. 27 de maio de 2011. Disponível em: <http://www.valoronline.com.br>. Acesso em: 27 maio 2011.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Mudança climática

Mudança climática atinge colheitas do mundo todo

A agricultura produziu menos alimentos nas últimas três décadas do que teria produzido se não existisse a mudança climática, segundo um estudo publicado nesta semana. A produção global de milho, por exemplo, deve ser 3,8 por cento menor do que seria num mundo não aquecido – o equivalente ao México inteiro deixar de plantar esse cultivo.
“Isso está acontecendo agora”, enfatiza David Lobell, cientista da Stanford University e coautor do estudo.
Os resultados surpreenderam muitas pessoas. “Vim operando na suposição de que não conseguiríamos identificar alterações até as décadas de 20 ou 30 deste século”, afirma Gerald Nelson, economista agrícola com o Instituto Internacional de Pesquisa em Políticas Alimentares, em Washington, que não participou do trabalho.
As safras nacionais ainda estão aumentando, como tendência geral. Porém, o fato de estarem abaixo de um máximo teórico ganha importância quando consideramos o enorme desafio de alimentar a crescente população mundial, dizem os autores.
E mudanças maiores podem estar a caminho. O estudo aponta que, até agora, os Estados Unidos – que produzem aproximadamente 40 por cento da soja e do milho mundiais – foram blindados contra os declínios de plantio porque suas regiões agrícolas não aqueceram nos últimos 30 verões, talvez pela mutabilidade natural ou pelo efeito de refrigeração dos aerossóis.
“Tem havido uma percepção geral de que um conjunto específico de condições levou à alta de preços dos alimentos nos últimos anos. Mas esse definitivamente não foi o caso, pois um dos maiores produtores não estava sendo negativamente afetado”, diz Lobell. “Os EUA podem ter sido induzidos a um sentimento de complacência”.
O estudo também mostra que a temperatura surtiu um efeito muito maior sobre a colheita do que a precipitação. Assim, para as futuras safras, pode ser mais importante criar uma tolerância ao calor do que torná-las capazes de sobreviver com menos água.
Desfazendo uma tendência As colheitas dependem de muitos fatores, passando pelos caprichos do mercado, preços de fertilizantes e a disponibilidade de novas tecnologias.
Contudo, os autores deduziram que a maioria desses fatores não está vinculada ao clima, possibilitando a criação de um modelo de como a temperatura e a precipitação se relacionam à produção nacional. Embora as altas temperaturas possam prolongar as estações de cultivo, o calor excessivo geralmente restringe o crescimento da plantação, além de promover pestes e perda de água. Precipitações adicionais, enquanto isso, são benéficas até certo ponto.
Os autores usaram os resultados da modelagem para estimar o efeito das tendências de temperatura e chuvas sobre a produção de alimentos de 1980 a 2008, país a país.
Eles estimam que, apesar do efeito fertilizante causado pela elevação do dióxido de carbono na atmosfera, o efeito negativo da mudança climática sobre o crescimento das plantas reduziu a produção de trigo em 2,5 por cento – mas aumentou 2,9 por cento a de arroz e 1,3 por cento a de soja. Segundo seus cálculos, esses efeitos também elevaram os preços de alimentos em 6,4 por cento mundialmente, ao longo de 30 anos.
Os autores reconhecem que seus resultados possuem muitas suposições. Eles poderiam estar superestimando os efeitos do clima, pois o modelo não considera o fato de que os agricultores podem mudar para diferentes variedades de plantação, ou alterar as datas de plantio conforme mudam as condições. Por outro lado, os resultados também podem estar sendo subestimados, dado que o modelo não analisa especificamente os eventos climáticos extremos – como secas, inundações e ondas de calor.
“É o melhor que podemos fazer com os dados disponíveis”, afirma Lobell.
Antes do esperado O resultado geral aproximado, de 5 por cento de perda de safra para cada grau Celsius de aquecimento, é consistente com estudos já realizados, diz Lobell. Mas as conclusões dos autores diferem de trabalhos anteriores em alguns pontos importantes.
Em 1994, um estudo publicado na revista “Nature” concluiu que o efeito fertilizante do dióxido de carbono iria provavelmente contrabalançar os efeitos negativos do aquecimento em baixas latitudes durante as próximas décadas. “Não estamos vendo isso”, declarou Lobell.
O mesmo estudo também concluiu que o aquecimento atingiria mais a colheita de países em desenvolvimento do que no mundo desenvolvido, pois muitos países ricos ficam em locais mais frios; isso faz com que eles se beneficiem do aquecimento e se adaptem melhor à mudança de condições. Mas esse fato tampouco foi percebido por Lobell. Em vez disso, ele supõe que a produção relativamente alta nos países desenvolvidos seja na verdade mais suscetível aos caprichos do tempo. Nações mais pobres, por outro lado, possuem um baixo índice de produção e são altamente afetadas por outros fatores, como a disponibilidade de fertilizante.
Segundo Lobell, estes resultados poderiam levar os países desenvolvidos a encarar com mais seriedade os efeitos da mudança climática sobre a produção de alimentos. “Adaptação não é algo de que precisaremos mais adiante; precisamos dela imediatamente”. Os Estados Unidos parecem já ter iniciado o processo: em fevereiro, o Departamento de Agricultura investiu US$ 60 milhões em três estudos sobre os efeitos da mudança climática em plantações e florestas.
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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Código Florestal em perigo

Assine o manifesto http://www.avaaz.org/po/peticao_codigo_florestal/?sos e diga não às alterações no Código Florestal Brasileiro.

Precisamos de 200 mil assinaturas em nossa petição. Ela ajudará evitar que substitutivo ao projeto de lei n° 1876/99 - que prevê mudanças no Código Florestal seja aprovado. A votação está prevista para breve no Congresso Nacional.

Veja no vídeo como essas alterações poderão reduzir drasticamente as áreas naturais protegidas de nosso país, prejudicando o meio ambiente e a sociedade civil.

Você tem papel decisivo para que possamos proteger nosso maior patrimônio.

Assine e divulgue nas redes sociais. Juntos vamos impedir que o Brasil entre na contramão da história.

Saiba mais, acesse: http://www.sosflorestas.com.br

Fonte: http://www.youtube.com/user/fundacaoboticario

quarta-feira, 20 de abril de 2011

"População indígena dobrou, mas sustentabilidade é o maior desafio"


"População indígena dobrou, mas sustentabilidade é o maior desafio"
De Brasília - Vinícius Tavares

A população indígena dobrou nos últimos dez anos, mas as políticas de apoio não acompanharam este crescimento. O alerta foi feito pelo deputado federal Ságuas Moraes (PT/MT), que assumiu nesta terça-feira (19), Dia do Índio, a presidência da Frente Parlamentar em Apoio aos Povos Indígenas. Ságuas citou dados do IBGE e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) com base no cadastro de vacinas e atendimentos médicos.

“Os povos indígenas dobraram nos Últimos dez anos. Eram cerca de 300 mil no início da década. Agora já são cerca de 600 mil, mas a sustentabilidade ainda é problema. Há ainda cerca de 190 mil índios não aldeados que não são cadastrados e ficam à margem das políticas de atenção do governo federal”, alertou.

O lançamento oficial da Frente Parlamentar contou com a presença de representantes de diversas etnias de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Bahia, entre outros. Segundo Ságuas, ao justificar a criação da Frente Parlamentar, ele lembra que a nova bancada surge com cerca de 200 membros na Câmara Federal.

“Fui prefeito, deputado estadual, secretário de Estado e ainda não havia observado a criação de nenhuma frente parlamentar de apoio aos povos indígenas, que considero extremamente necessária”, argumentou.

Na abertura dos trabalhos, o deputado saudou a criação da Secretaria Nacional de Saúde Indígena em substituição à Funasa. O parlamentar lembrou ainda do programa de atendimento dentário aos índios, lançado nesta terça-feira pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele disse que é preciso dar atenção especial à saúde destes povos.

“Sabemos que existem muitos problemas envolvendo as doenças sexualmente transmissíveis, o diabetes, os transtornos mentais, além dos casos de violência e uso de álcool de drogas”, destacou.

O parlamentar destacou ainda os problemas que as comunidades indígenas enfrentam com as obras do programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em diversas regiões do país. Ele lembrou que a questão territorial é dramática para muitas etnias que já não possuem mais os meios naturais para a sua subsistência.

“Em estados como Bahia, Pará e Mato Grosso do Sul e outros, os índios enfrentam problema sério de segurança alimentar, pois não possuem mais a caça e pesca para se manterem. Precisamos de políticas de sustentabilidade urgentes para estes povos”, afirmou.

Um dos principais objetivos da Frente Parlamenta de Apoio aos Povos Indígenas será trabalhar para aprovar políticas públicas na área de educação a estas comunidades.

“Na Conferência Nacional de Educação Indígena realizada ano passado, o governo lançou uma nova política educacional a partir de diferentes características. A territorialidade indígena precisa ser sempre respeitada com a produção de material didático específico e investimentos de infra-estrutura”, finalizou Ságuas Moraes.

Uma salva de palmas foi dada em memória do ex-deputado federal Eduardo Valverde (PT/RO), falecido no mês passado em um acidente automobilístico e um dos maiores incentivadores dos povos indígenas no Congresso Nacional.

Fonte: http://www.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp?edt=33&id=172297  Acesso em 20/04/2011

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Desmatamento no Brasil e suas consequências

             Desmatamento no Brasil e suas consequências

          O desmatamento, também chamado de desflorestamento, nas florestas brasileiras começou no instante da chegada dos portugueses ao nosso país, no ano de 1500. Interessados no lucro com a venda do pau-brasil na Europa, os portugueses iniciaram a exploração da Mata Atlântica. As caravelas portuguesas partiam do litoral brasileiro carregadas de toras de pau-brasil para serem vendidas no mercado europeu. Enquanto a madeira era utilizada para a confecção de móveis e instrumentos musicais, a seiva avermelhada do pau-brasil era usada para tingir tecidos.
           Desde então, o desmatamento em nosso país foi uma constante. Depois da Mata Atlântica, foi a vez da Floresta Amazônica sofrer as conseqüências da derrubada ilegal de árvores. Em busca de madeiras de lei como o mogno, por exemplo, empresas madereiras instalaram-se na região amazônica para fazer a exploração ilegal. Um relatório divulgado pela WWF ( ONG dedicada ao meio ambiente ) no ano de 2000, apontou que o desmatamento na Amazônia já atinge 13% da cobertura original. O caso da Mata Atlântica é ainda mais trágico, pois apenas 9% da mata sobrevive a cobertura original de 1500.
           Embora os casos da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica sejam os mais problemáticos, o desmatamento ocorre nos quatro cantos do país. Além da derrubada predatória para fins econômicos, outras formas de atuação do ser humano tem provocado o desmatamento. A derrubada de matas tem ocorrido também nas chamada frentes agrícolas. Para aumentar a quantidade de áreas para a agricultura, muitos fazendeiros derrubam quilômetros de árvores para o plantio.
           O crescimento das cidades também tem provocado a diminuição das áreas verdes. O crescimento populacional e o desenvolvimento das indústrias demandam áreas amplas nas cidades e arredores. Áreas enormes de matas são derrubadas para a construção de condomínios residenciais e pólos industriais. Rodovias também seguem neste sentido. Cruzando os quatro cantos do país, estes projetos rodoviários provocam a derrubada de grandes faixas de florestas.
           Este problema não é exclusivo do nosso país. No mundo inteiro o desmatamento ocorreu e ainda está ocorrendo. Nos países em desenvolvimento, principalmente asiáticos como a China, quase toda a cobertura vegetal foi explorada. Estados Unidos e Rússia também destruíram suas florestas com o passar do tempo.
          Embora todos estes problemas ambientais estejam ainda ocorrendo, verifica-se uma diminuição significativa em comparação ao passado. A consciência ambiental das pessoas está alertando para a necessidade de uma preservação ambiental. Governos de diversos países e ONGs de meio ambiente tem atuado no sentido de criar legislações mais rígidas e uma fiscalização mais atuante para combater o crime ecológico. As matas e florestas são de extrema importância para o equilíbrio ecológico do planeta Terra e para o bom funcionamento climático.

Fonte: http://www.guiadicas.com/desmatamento-no-brasil-e-suas-consequencias  Acesso em 13/04/2011

O que faz um engenheiro ambiental


Aquecimento global, problemas de desmatamento, mudanças climáticas de intensidades gigantescas, todas essas e outras mudanças nas características físicas do meio ambiente fazem cada vez mais crescerem os mercados e opções para cursos como engenharia ambiental.
Um curso cada vez mais necessário onde visa a formação de profissionais capazes de encontrar meios para a diminuição do aquecimento global através de forma de conter e controlar a quantidade de Co2 enviados á camada de ozônio.
Além de tal papel o engenheiro ambiental também estuda formas de solucionar problemas como poluição de rios, e reestruturação de rios e afluentes, a tornando devido á sua crescente utilidade como uma das profissões do futuro.
Algumas das matérias aprendidas no curso são por exemplo biologia, matéria que faz o estudo da vida dos seres vivos e as conseqüências dos atos dos seres humanos em seu sistema, climatologia, ou seja, estudos climáticos, hidrologia, que estuda os balanços hidrográficos de rios, oceanos e lagos.
Sem sombra de duvidas tal curso será cada vez mais aclamado e implorado atual e futuramente pelo mercado de trabalho, com o intuito de melhorar o ambiente em que vivemos, onde seus profissionais terão a missão de tentar refazer através de seus conhecimentos e seu amor ao meio ambiente refazer os estragos feitos pelos seus antepassados, fazendo com que o mundo volte a ser um lugar estável em termos climáticos e ambientais.
Um engenheiro ambiental é um profissional que trabalha nas áreas de bioprocessos e biotecnologia, energia, controle de poluição, recuperação de áreas, licenciamento, planejamento e gestão ambiental. O engenheiro ambiental pode assessorar empresas, órgãos públicos e ONGs.
Entre as responsabilidades de um profissional formado em engenharia ambiental estão:
  • Avaliar efeitos de um processo ou produto sobre o meio ambiente.
  • Criar mecanismos para diminuir os impactos ambientais na produção industrial.
  • Avaliar diferentes fontes de energia.
  • Reduzir o impacto de atividades industriais, urbanas e rurais sobre o meio ambiente.
  • Monitorar a qualidade da água e do ar.
  • Elaborar relatórios de impacto ambiental e planos para o uso de recursos naturais.
  • Estudar meios de reutilização de resíduos.
  • Desenvolver e executar projetos de recuperação de áreas poluídas ou degradadas.
  • Dentre outras responsabilidades de cidadão.
E aí? Responsabilidade, não é mesmo?
Fonte: http://explicatudo.com        Acesso em 13/04/2011
          http://www.guiadicas.com   Acesso em 13/04/2011